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O Corpo - Saltos: elementos estruturantes
Tematizando o imaginário urbano, a coreografia de Rodrigo Pederneiras dialoga inovadoramente com a trilha eletrônica de Arnaldo Antunes.
No ritmo acelerado dos movimentos, na violência dos gestos, nas quebras das linhas e no arqueamento dos corpos que buscam se mover rente ao chão, Rodrigo Pederneiras desenvolve novas características para essa dança, que vai da malemolência ao robótico.
“O corpo é suficientemente opaco / para que se possa vê-lo.” Esse corpo dança banhado na luz-cenário de Paulo Pederneiras, um quadrado de spots vibrando com a música como um gigantesco analisador de espectro.
O Corpo transforma o cenário em luz e os figurinos em cenários móveis: são esculturas pretas que dançam numa caixa vermelha. Os corpos ganham novos volumes pelo desenho das roupas de Freusa Zechmeister e Fernando Velloso. Formam uma gangue, ou tribo; mas suas individualidades são acentuadas pelo movimento e pelo inusitado dos figurinos.
As frases de Arnaldo Antunes ganham corpo na dança; e a dança dá novo viés à trajetória do Grupo. Na soma de gestos, som e luz, O Corpo concentra, com novos acentos, a essência brasileira do Grupo Corpo.
coreografia: Rodrigo Pederneiras
música: Arnaldo Antunes
cenografia e iluminação: Paulo Pederneiras
figurino: Freusa Zechmeister e Fernando Velloso
Palavras-chave: dança, O Corpo, Arnaldo Antunes, Paulo Pederneiras, Freusa Zechmeister, Fernando Velloso, Grupo Corpo