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Merce Cunningham
O coreógrafo americano Merce Cunningham , foto de 1973, apelidado de "Einstein da dança", dinamizou a partir dos anos 50 os passos do balé: o dançarino não se deslocava mais em função do centro da cena, ele próprio era o centro.
"Ao contrário do dançarino clássico, considero todos os movimentos possíveis e não componho me baseando no centro da cena", explicava.
Cunningham libertou a dança da música, do cenário, da narração, criando peças onde "a dança se apóia apenas nela mesmo, sem a dominação de uma arte sobre a outra. A relação entre estes elementos é totalmente livre".
A inesgotável coragem imaginativa do coreógrafo, que enfrentou durante muito tempo vaias e incompreensão do público, se expressou através do conceito dos "Eventos". Ele apresentada todo ou parte do espetáculo com a ordem, a duração das sequências, o número e o papel dos dançarinos distribuídos ao azar.
"Eu adoro o estresse do acaso. As propostas que ele traz te obriga a descobrir o que você não conseguia", dizia.
Contínuo inovador, Cunningham introduziu nos anos 70 novas tecnologias em suas criações, colaborando com videomakers como Charles Atlas e Eliott Kaplan.
Nos anos 90, o patriarcar rompeu outra barreira, utilizando um artifício digital de simulações de movimentos, "Lifeforms", para compor suas coreografias como "Biped" em 1999.
"Septet" (1953), "Rainforest" (1968), "Un jour ou deux" (1973), "Duets" (1980) estão entre as 200 coreografias deste artista que amava também desenhar e fazer teatro.
Palavras-chave: Merce Cunningham, dança, balé